Eu estava sentada na
sala de espera, para a minha primeira consulta com um novo dentista, quando
observei que o seu diploma estava pendurado na parede.
Ao ler o nome, de repente, eu me recordei de um
moreno alto, que tinha o mesmo nome.
Era da minha classe do colegial, uns 40 anos
atrás, e eu me perguntava se poderia ser o mesmo rapaz por quem eu tinha me
apaixonado na época.
Quando entrei no consultório, imediatamente
afastei esse pensamento do meu espírito. Este homem grisalho, quase calvo, e o rosto marcado,
profundamente enrugado, era demasiadamente velho para ter sido o meu amor secreto... quê que é isso!?
Depois que ele examinou minha boca,
perguntei-lhe se ele tinha sido do Colégio Estadual Central.
- Sim, respondeu-me.
- Quando se formou?
- 1966. Mas, por que a pergunta?
- É... Bem... você era da minha classe.
Foi então que aquele velho horrível, anormal, cretino,
tremendo f.d.p., me perguntou:
- Mas e a senhora, era professora de quê?
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